Quarta...

Ontem fiz bem meu papel de "marida": cheguei em casa, tirei o lixo do banheiro, arrumei a bagunça e fiz uma jantinha bacana pra gente.
Quando o Amor chegou ele estava com a cara super fechada, me deu um beijinho e foi trocar de roupa. Durante o jantar, eu fiz uma pergunta e tomei "a patada", nisso resolvi me calar, ficar na minha. Terminada a janta, ele me chamou pra sentar com ele na sala e fiquei por lá, ele no computador e eu olhando pro tempo.
Avisei que ia dormir, dei um beijo nele e fui pro quarto. Alguns minutos depois ele foi também, trocamos algumas palavras e fui dormir.
Hoje pela manhã eu falei pra ele o seguinte: "ontem você estava muito irritado e mau humorado, eu fiz o que você sempre me aconselhou: te deixei quieto. O fato de eu não ter insistido pra saber o que era não quer dizer que eu não tenha me preocupado, apenas deixei você esfriar a cabeça" (eu sempre fui de perguntar muito o que é, o que foi, mas tô me policiando demais para não ficar com esse vício horrivel), ele disse que notou, dai brinquei: "você já deve estar cansado de tanto me ver né?", dai ele: "não".
O que tá acontecendo é o seguinte: o chefe dele o trata de maneira diferente dos demais funcionários. Realmente rola uma marcação com o Amor e todo mundo já notou isso. Ele me disse que já que ainda está solteiro, sem filhos, ta com a intenção de estudar pra concurso. Eu o apoiarei caso tome essa decisão, apesar de a principio termos falado de casar ano que vem, eu prefiro esperar mais um pouco e começar uma vida a dois com a vida de um de nós estavel. (eu também pretendo entrar no funcionalismo públido daqui alguns anos). Acho que se ele continuar lá vai acabar ficando estressado, desmotivado. Ele já tá de saco cheio de tanta pegação no pé e peço a Deus para controlar o gênio dele para que, se ele realmente for sair, saia deixando as portas abertas e não por ter mandado o chefe para a pqp..
Daí ele me deu carona para o trabalho e vamos embora juntos hoje, já que o curso que estava fazendo terminou. Hoje ele vai retomar os estudos para a prova que fará em março.
Foi bom eu ter respeitado ele ontem, acho que a coisa tem que seguir por esse lado mesmo. É esquisito vê-lo durante a semana e tenho feito o possível para que nossa convivência seja boa. Se eu tivesse insistido em saber o que era, certamente teríamos brigado e iriamos viajar amanhã com raiva um do outro.
Obrigada Senhor, por me ajudar a ser sábia.
Por enquanto é isso.

Só por hoje, eu decido respeitar o silêncio das pessoas.